Os nigerianos votaram para presidente neste sábado (28), em eleições prejudicadas pela violência do Boko Haram e por falhas no novo sistema de voto eletrônico, que levaram ao adiamento do pleito para domingo (29) em vários lugares.
Extremistas do Boko Haram, que haviam prometido tumultuar a votação e, de fato, causaram o seu adiamento por seis semanas, cumpriram a promessa: o grupo é suspeito de ter realizado ataques sangrentos, entre eles a duas seções eleitorais do nordeste do país.
“Ouvimos os agressores gritarem: ‘Não dissemos para permanecerem longe das eleições’?”, contou um funcionário da Comissão Eleitoral Independente (Inec).
Já um deputado do estado de Borno anunciou que 23 pessoas foram decapitadas na véspera das eleições, nesta sexta-feira (27), na localidade de Buratai, aparentemente por islamitas.
Apesar dos ataques, os eleitores compareceram em bom número às urnas. Para as eleições presidenciais e legislativas, foram convocados 68,8 milhões de eleitores. Quatorze candidatos disputam a presidência, enquanto, nas legislativas, disputam as 469 cadeiras do Parlamento 537 candidatos de 28 partidos.
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