Quando se fala na produção de biocombustíveis é comum a associação com vegetais oleaginosos como a mamona e o girassol. No entanto, Graco Aurélio Câmara de Melo Viana, professor e diretor do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tem desenvolvido projeto em parceria com a Petrobras, mostrando que as microalgas obtêm alta produtividade como matéria-prima para biocombustíveis e representam uma alternativa na geração de energia limpa para o Brasil e, principalmente, para o Rio Grande do Norte.
Intitulada “Cultivo de microalgas para produção de biodiesel”, a iniciativa é inédita no nordeste brasileiro e desenvolve a produção vegetal em larga escala na estrutura do Centro Tecnológico de Aquicultura (CTA) – Fazenda Samisa, no município de Extremoz-RN.
A Planta Piloto do projeto ocupa uma área com mais de 3 mil metros quadrados. Em laboratórios comuns, o trabalho é feito em garrafões de até 20 litros, mas os tanques fotobiorreatores do CTA, onde as microalgas são cultivadas, armazenam uma capacidade útil de 4 mil litros. Toda essa infraestrutura gera uma produção de 500 quilos de biomassa por mês, quantidade suficiente para fabricar aproximadamente 2 mil litros de biodiesel.
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