Preocupado com o desgaste da imagem do partido, o comando petista discute a adoção de um caminho que, na prática, poderá encobrir sua sigla, PT, nas futuras eleições.
Segundo petistas, o expresidente Lula é um dos incentivadores da criação de uma frente inspirada no modelo uruguaio: uma grande coalização que reuniria sindicatos, associações, outros partidos, ONGs e outras entidades de movimentos sociais.
Por essa fórmula, as candidaturas seriam lançadas em nome da coalizão, não mais pelos partidos que a integram. No Uruguai, a Frente Ampla, que congrega diferentes legendas e grupos sociais, governa o país desde 2005. É composta por siglas autônomas sob o comando de uma direção unificada. O expresidente José Mujica, por exemplo, é do partido MPP. Mas sua candidatura foi lançada pela frente.
O presidente do PT, Rui Falcão, afirma que essa solução será tema de debate no 5º congresso do partido, em junho, na Bahia. Ele diz, no entanto, que a intenção não é apagar a sigla PT das disputas majoritárias, mas reanimar a discussão interna e atrair movimentos sociais.
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