Na Conferência Internacional sobre Nutrição (ICN2) da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o papa Francisco pediu mais solidariedade e ações concretas no combate à fome mundial. Segundo o pontífice, é “obrigação moral compartilhar a riqueza econômica com o mundo“. O discurso foi aplaudido de pé pelas autoridades presentes.
“Nossas sociedades são caracterizadas por um crescente individualismo e por uma cisão“, disse o argentino aos delegados de mais de 150 países. Isso faz com que os mais fracos sejam privados de uma vida digna, prosseguiu.
Apesar dos avanços, “o número de pessoas que sofrem de fome e desnutrição segue inaceitavelmente alto“, afirmou o pontífice. Ele considera viável a exigência de reduzir a fome mundial pela metade. “Não temos um problema de calorias. Nós temos um problema de produção, abastecimento e organização“, definiu.
Segundo o papa, os desafios hoje são a falta de solidariedade e de uma distribuição justa dos recursos no mundo. Ele também falou numa crescente desconfiança entre países e entre cidadãos. “Qualquer um, a quem falta o pão de cada dia e um trabalho decente, sabe bem disso“, disse. Francisco salientou ainda que os mendigos nas ruas, resguardados de seu direito civil por uma alimentação saudável, pedem dignidade, e não esmolas.
0 Comentários