Segundo o Ministério Público Federal é inadmissível que num Estado laico, o Banco Central imprima cédulas de real, o dinheiro vigente e circulante no País, com a inscrição de uma frase religiosa.

Com a intenção de evitar que essa impressão continue a ser feita, o procurador dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jeferson Aparecido Dias notificou o Banco Central. Como não foi atendido fará expediente dirigido ao Ministro da Fazenda Guido Mantega.

Católico praticante, o procurador afirmou que a Constituição é clara quando separa Estado de religião:  “Nada justifica essa menção no dinheiro, Estado e religião têm de estar separados, bem distantes” – afirmou o procurador.

O Banco Central informou ao procurador que a inscrição contida nas cédulas, segue a Constituição que foi promulgada “sob a proteção de Deus”.  No documento enviado ao MPF, o Banco Central acrescentou que a República do Brasil não é antirreligiosa ou anti clerical, sendo-lhe vedada apenas a associação a uma específica doutrina religiosa ou determinado credo” – concluiu.

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